segunda-feira, 24 de maio de 2010



Passional...


Você some, eu apago... Tenho ciúmes,

sinto pontadas, queimo teus rastros,

teus bilhetes, rasgo teu retrato e me

desgasto.

Ora, amor, não me leve a mal, não acredito

nem um pouco nesse nosso amor passional.

Sem fome de paixão, sem culpas, num choro

calado, coração arrebentado, sem saudades...

Com cheiro de conto policial na primeira página

do jornal...

E lá me chega você, nua de defesas, cheia

de razão, regando esse amor nos meus braços,

sussurrando no meu ouvido que me ama, me

sufocando em seus lábios com beijos salivados...

E tudo se faz emoção.


O. Vasconcelos


Oráculo da Criação Poética

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